Você já ouviu alguém dizer que acha perda e tempo estudar
o passado? O que importa é o futuro! Alguns só dizem isso porque não se dão conta
de que o presente só faz sentido se aprendermos com o passado para planejar o futuro.
O que passou, passou é verdade. Mas o passado pode ser recuperado se o
reconstruirmos no presente. E isso significa interpretá-lo com a visão de nosso
tempo e espaço, de nossa cultura. Esse é o motivo de tratarmos da história da
escola e de suas mudanças ao longo do tempo.
As escolas só se consolidaram a partir de 1600. Antes,
embora existissem estabelecimentos de ensino, especialmente os religiosos, os
meninos eram geralmente encaminhados a uma profissão, e as garotas ficavam em
casa.
Com, o tempo, os conhecimentos humanos tornaram-se mais
amplos e complexos, de modo que a transmissão deles para a geração seguinte não
podia mais ficar sob a responsabilidade exclusiva da família ou de artesãos. As
escolas se multiplicaram, mas em geral atendiam apenas aos filhos dos ricos e
poderosos. Assim, a grande maioria continuou sem receber instrução sistemática.
A industrialização dos séculos XVIII e XIX ajudou a mudar
esse quadro. Aumentou a necessidade de escolarizar a população, pois a
complexidade do trabalho requeria mão-de-obra mais qualificada. Os próprios avanços
da ciência e da tecnologia tornavam mais difícil contar com uma escola que
atendesse apenas aos setores privilegiados.
Paralelamente, havia quem defendesse que o ensino
elementar deveria ser obrigatório para todos e custeado pelos cofres públicos. No
século XIX, essas idéias começaram a se tornar realidade. Era o inicio de uma
revolução que continuou no século XX, marcado pela construção dos grandes
sistemas educacionais. A escola, em especial a elementar, tornou-se publica,
gratuita e leiga, isto é, não-religiosa. Sua organização abrangia três níveis:
o elementar (no qual se aprendia a ler, a escrever e a contar); o secundário (no
qual outras disciplinas eram estudadas) e o universitário ou superior.
Apesar desses progressos, no Brasil e nos demais países em
desenvolvimento, muitas crianças continuam sem acesso pleno nem mesmo a escola
elementar. A qualidade da educação deixa a desejar e a formação profissional não
é valorizada. Além disso, os avanços da tecnologia contribuem ainda mais para acentuar
o abismo entre países pobres e ricos.
A verdade é que a escola não conseguiu vencer o problema
que já trazia ao nascer: suas duas faces. Até hoje temos escola para rico e
para pobre; particular e pública; para formar e para selecionar. No começo do
novo milênio, ainda estamos lutando para conseguir uma escola de boa qualidade
para todos.
fonte: oficio de professor pag.53/54. ed.2
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